segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Tentando um novo amor – Martha Medeiros

Para curar uma dor de amor, digam o que quiserem, só conheço um remédio: um amor novinho em folha. Enquanto nosso coração não encontrar outro pretendente, ficaremos cultivando o velho amor, alimentando-o diariamente, sofrendo por ele e, no fundo, bem no fundinho, felizes por ter para quem dedicar nossos ais e nossa insônia. A gente só enterra mesmo o defunto quando outra pessoa surge para ocupar o posto. Se isso lhe parece uma teoria simplista, toque aqui. É simplista sim. Isso de enterrar o defunto do dia pra noite só funciona quando o defunto era apenas uma paixonite, um entusiasmo, fogo de palha. Porém, se era algo realmente profundo, um sentimento maduro, aí o efeito do novo amor pode revelar-se um belo tiro pela culatra. Ele acabará servindo apenas para dar a você a total certeza de que aquele amor anterior era realmente um bem durável. E a dor voltará redobrada.




Um beijo que deveria inaugurar uma nova fase em sua vida pode trazer à tona lembranças fortes do passado, e nem é preciso comparar os beijos, apenas as sensações provocadas. Quem já vivenciou isso sabe o constrangimento que é beijar alguém e morrer de saudades do antecessor.



Um novo amor pode transformar o que era opaco em transparência: você não sabia exatamente o que sentia pelo ex, se era amor ou não, então surge outra pessoa e você descobre que sim, era amor, caso contrário não sentiria esse abandono, essa perturbação, essa forte impressão de que está fazendo uma tentativa inútil, de que não conseguirá ir adiante.

Mas o que fazer? Encarar uma vida monástica, celibatária? Nada disso. Viva as tentativas inúteis! Uma, duas, três, até que alguma delas consiga superar de vez a inquietação do passado, que venha realmente inaugurar uma nova fase em sua agenda amorosa, que deixe você tranqüilo em relação ao que viveu e ao que deve viver daqui pra frente.

No entanto, quanto mais escrevo, mais me dou conta de que não há fórmula que dê garantia para nossas atitudes, de que não há pessoa neste mundo que não possa nos surpreender, de que tudo o que vivemos são tentativas, e que inútil, inútil mesmo, nenhuma é.

Ahhhh sim, esse texto traduz meu estado de espírito...
E sei o quanto pode demorar para esse vazio passar... se passar...

O jeito deles – Martha Medeiros

O que é que faz a gente se apaixonar por alguém?


Mistério misterioso. Não é só porque ele é esportista, não é só porque ela é linda, pois há esportistas sem cérebro e lindas idem, e você, que tem um, não vai querer saber de descerebrados. Mas também não basta ser inteligente, por mais que a inteligência esteja bem cotada no mercado. Tem que ser inteligente e... algo mais. O que é este algo mais? Mistério decifrado: é o jeito.

A gente se apaixona pelo jeito da pessoa. Não é porque ele cita Camões, não é porque ela tem olhos azuis: é o jeito dele de dizer versos em voz alta como se ele mesmo os tivesse escrito pra nós; é o jeito dela de piscar demorado seus lindos olhos azuis, como se estivesse em câmera lenta.



O jeito de caminhar. O jeito de usar a camisa pra fora das calças. O jeito de passar a mão no cabelo. O jeito de suspirar no final das frases. O jeito de beijar. O jeito de sorrir. Vá tentar explicar isso.



Pelo meu primeiro namorado, me apaixonei porque ele tinha um jeito de estar nas festas parecendo que não estava, era como se só eu o estivesse enxergando. O segundo namorado me fisgou porque tinha um jeito de morder palitos de fósforo que me deixava louca – ok, pode rir. Ele era um cara sofisticado, e por isso mesmo eu vibrava quando baixava nele um caminhoneiro. O terceiro namorado tinha um jeito de olhar que parecia que despia a gente:

não as roupas da gente, mas a alma da gente. Logo vi que eu jamais conseguiria esconder algum segredo dele, era como se ele me conhecesse antes mesmo de eu nascer. Por precaução, resolvi casar com o sujeito e mantê-lo por perto.



E teve aqueles que não viraram namorados também por causa do jeito: do jeito vulgar de falar, do jeito de rir – sempre alto demais e por coisas totalmente sem graça –, do jeito rude de tratar os garçons, do jeito mauricinho de se vestir: nunca um desleixo, sempre engomado e perfumado, até na beira da praia. Nenhum defeito nisso. Pode até ser que eu tenha perdido os caras mais sensacionais do universo.



Mas o cara mais sensacional do universo e a mulher mais fantástica do planeta nunca irão conquistar você, a não ser que tenham um jeito de ser que você não consiga explicar. Porque esses jeitos que nos encantam não se explicam mesmo.

Pra se roubar um coração

Para se roubar um coração, é preciso que seja com muita habilidade, tem que ser vagarosamente, disfarçadamente, não se chega com ímpeto, não se alcança o coração de alguém com pressa. Tem que se aproximar com meias palavras, suavemente, apoderar-se dele aos poucos, com cuidado.


Não se pode deixar que percebam que ele será roubado, na verdade, teremos que furtá-lo, docemente. Conquistar um coração de verdade dá trabalho, requer paciência, é como se fosse tecer uma colcha de retalhos, aplicar uma renda em um vestido, tratar de um jardim, cuidar de uma criança.

É necessário que seja com destreza, com vontade, com encanto, carinho e sinceridade.

Para se conquistar um coração definitivamente

tem que ter garra e esperteza, mas não falo dessa esperteza que todos conhecem, falo da esperteza de sentimentos, daquela que existe guardada na alma em todos os momentos.

Quando se deseja realmente conquistar um coração, é preciso que antes já tenhamos conseguido conquistar o nosso, é preciso que ele já tenha sido explorado nos mínimos detalhes,

que já se tenha conseguido conhecer cada cantinho, entender cada espaço preenchido e aceitar cada espaço vago.

...e então, quando finalmente esse coração for conquistado, quando tivermos nos apoderado dele,

vai existir uma parte de alguém que seguirá conosco.

Uma metade de alguém que será guiada por nós e o nosso coração passará a bater por conta desse outro coração.

Eles sofrerão altos e baixos sim, mas com certeza haverá instantes, milhares de instantes de alegria.

Baterá descompassado muitas vezes e sabe por que?

Faltará a metade dele que ainda não está junto de nós.

Até que um dia, cansado de estar dividido ao meio, esse coração chamará a sua outra parte e alguém por vontade própria, sem que precisemos roubá-la ou furtá-la nos entregará a metade que faltava.

... e é assim que se rouba um coração, fácil não?

Pois é, nós só precisaremos roubar uma metade, a outra virá na nossa mão e ficará detectado um roubo então! E é só por isso que encontramos tantas pessoas pela vida a fora que dizem que nunca mais conseguiram amar alguém... é simples...

é porque elas não possuem mais coração, eles foram roubados, arrancados do seu peito, e somente com um grande amor ela terá um novo coração, afinal de contas, corações são para serem divididos, e com certeza esse grande amor repartirá o dele com você.



domingo, 12 de dezembro de 2010

Amadurecimento

Aprenda a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você...


A idade vai chegando e, com o passar do tempo, nossas prioridades na vida vão mudando...

A vida profissional, a monografia de final de curso, as contas a pagar.

Mas uma coisa parece estar sempre presente. A busca pela felicidade com o amor da sua vida. Desde pequenas ficamos nos perguntando "quando será que vai chegar?

E a cada nova paquera, vez ou outra nos pegamos na dúvida "será que é ele?".

Como diz o meu pai: "nessa idade tudo é definitivo", pelo menos a gente achava que era. Cada namorado era o novo homem da sua vida. Faziam planos, escolhiam o nome dos filhos, o lugar da lua-de-mel e, de repente... PLAFT!

Como num passe de mágica ele desaparecia, fazendo criar mais expectativas a respeito "do próximo".

Você percebe que cair na guerra quando se termina um namoro é muito natural, mas que já não dura mais de três meses.

Agora, você procura melhor e começa a ser mais seletiva. Procura um cara formado, trabalhador, bem resolvido, inteligente, com aquele papo que a deixa sentada no bar o resto da noite.

Você procura por alguém que cuide de você quando está doente, que não reclame em trocar aquele churrasco dos amigos pelo aniversário da sua avó, que jogue "imagem e ação" e se divirta como uma criança, que sorria de felicidade quando te olha, mesmo quando está de short, camiseta e chinelo.

A liberdade, ficar sem compromisso, sair sem dar satisfação já não tem o mesmo valor que tinha antes.

A gente inventa um monte de desculpas esfarrapadas,mas continuamos com a procura incessante por uma pessoa legal, que nos complete e vice-versa.

Enquanto tivermos maquiagem e perfume, vamos à luta... e haja dinheiro para manter a presença em todos os eventos da cidade: churrasco, festinhas, boates na quinta-feira. Sem falar na diversidade que vai do Forró aos pagodes.

Mas o melhor dessa parte é se divertir com as amigas, rir até doer a barriga, fazer aqueles passinhos bregas de antigamente e curtir o som...

Olhar para o teto, cantar bem alto aquela música que você adora. Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa,você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele cara que você ama (ou acha que ama), e que não quer nada com você, definitivamente não é o homem da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas...

É cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

E eu vou acreditar nisto sinceramente...

Cuidar do meu jardim...iluminar e encher de flores...sorrir...


Mário Quintana

sábado, 27 de novembro de 2010

Dicionário da Vida

Pequeno dicionário para se entender mais profundamente


o significado de algumas palavras muito importantes

na vida de qualquer pessoa, explicado com o sentimento,

sem a formalidade das regras gramaticais ou amarras filosóficas.


Texto de Luiz Gonzaga Pinheiro

O texto a seguir foi retirado do livro: “O Homem que Veio da Sombra”



Adeus: É quando o coração que parte deixa a metade com quem fica.

Amigo: É alguém que fica para ajudar quando todo mundo se afasta.

Amor ao próximo: É quando o estranho passa a ser o amigo que ainda não abraçamos.

Caridade: É quando a gente está com fome, só tem uma bolacha e reparte.

Carinho: É quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo.

Ciúme: É quando o coração fica apertado porque não confia em si mesmo.

Cordialidade: É quando amamos muito uma pessoa e tratamos todo mundo da maneira que a tratamos.

Doutrinação: É quando a gente conversa com o Espírito colocando o coração em cada palavra.

Entendimento: É quando um velhinho caminha devagar na nossa frente e a gente, estando apressado, não reclama.

Evangelho: É um livro que só se lê bem com o coração.

Evolução: É quando a gente está lá na frente e sente vontade de buscar quem ficou para trás.

Filhos: É quando Deus entrega uma jóia em nossas mãos e recomenda cuidá-la.

: É quando a gente diz que vai escalar um Everest e o coração já o considera feito.

Fome: É quando o estômago manda um pedido para a boca e ela silencia.

Inveja: É quando a gente ainda não descobriu que pode ser mais e melhor do que o outro.

Inimizade: É quando a gente empurra a linha do afeto para bem distante.

Lealdade: É quando a gente prefere morrer que trair a quem ama.

Lágrima: É quando o coração pede aos olhos que falem por ele.

Mágoa: É um espinho que a gente coloca no coração e se esquece de retirar.

Maldade: É quando arrancamos as asas do anjo que deveríamos ser.

Morte: Quer dizer viagem, transferência ou qualquer coisa com cheiro de eternidade.

Perfume: É quando mesmo de olhos fechados a gente reconhece quem nos faz feliz.

Netos: É quando Deus tem pena dos avós e manda anjos para alegrá-los.

Orgulho: É quando a gente é uma formiga e quer convencer os outros de que é um elefante.

Ódio: É quando plantamos trigo o ano todo e estando os pendões maduros a gente queima tudo em um dia.

Perdão: É uma alegria que a gente dá e que pensava que jamais a teria.

Obsessor: É quando o Espírito adoece, manda embora a compaixão e convida a vingança para morar com ele.

Paz: É o prêmio de quem cumpre honestamente o dever.

Pessimismo: É quando a gente perde a capacidade de ver em cores.

Preguiça: É quando entra vírus na coragem e ela adoece.

Raiva: É quando colocamos uma muralha no caminho da paz.

Simplicidade: É o comportamento de quem começa a ser sábio.

Saudade: É estando longe, sentir vontade de voar; e estando perto, querer parar o tempo.

Solidão: É quando estamos cercados por pessoas, mas o coração não vê ninguém por perto.

Supérfluo: É quando a nossa sede precisa de um gole de água e a gente pede um rio inteiro.

Sinceridade: É quando nos expressamos como se o outro estivesse do outro lado do espelho.

Ternura: É quando alguém nos olha e os olhos brilham como duas estrelas.

Vaidade: É quando a gente abdica da nossa essência por outra; geralmente pior.

Créditos



Livro: O Homem que Veio da Sombra



Autor: Luiz Gonzaga Pinheiro

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Definição de um dia perfeito...

O que é um dia perfeito para você?!
Para mim foram dias perfeitos...
Com amigos que eu aprendi a respeitar, pessoas que assim como eu tem qualidade e defeitos e que acima de tudo aprenderam que mais que conviver o importante é viver junto!!!
Esse feriado foi assim, cada um dando ao outro o seu melhor...
Foi uma grata surpresa a enviada lá do velho continente...
E eu que fico pensando quantas coisas precisaram acontecer para agente se encontrar????
Um mundo de fatos e sequências....
Vamos ver onde vai dar...

Seus olhos e seus olhares



Milhares de tentações


Meninas são tão mulheres


Seus truques e confusões


Se espalham pelos pêlos


Boca e cabelo


Peitos e poses e apelos


Me agarram pelas pernas


Certas mulheres como você


Me levam sempre onde querem






Garotos não resistem


Aos seus mistérios


Garotos nunca dizem não


Garotos como eu


Sempre tão espertos


Perto de uma mulher


São só garotos






Seus dentes e seus sorrisos


Mastigam meu corpo e juízo


Devoram os meus sentidos


Eu já não me importo comigo


Então são mãos e braços


Beijos e abraços


Pele, barriga e seus laços


São armadilhas e eu


não sei o que faço


Aqui de palhaço


Seguindo seus passos






Garotos não resistem


Aos seus mistérios


Garotos nunca dizem não


Garotos como eu sempre tão espertos


Perto de uma mulher


São só garotos....


São só garotos....






Se espalham pelos pêlos


Boca e cabelo


Peitos e poses e apelos


Me agarram pelas pernas


Certas mulheres como você


Me levam sempre onde querem






Garotos não resistem


Aos seus mistérios


Garotos nunca dizem não


Garotos como eu


Sempre tão espertos


Perto de uma mulher






Garotos não resistem


Aos seus mistérios


Garotos nunca dizem não


Garotos como eu


Sempre tão espertos


Perto de uma mulher


São só garotos...


Perto de uma mulher


São só garotos...


Perto de uma mulher


São só ... garotos...

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Ahhh Vinicius...

"E não se engane não, tem uma só. Duas mesmo que é bom, ninguém vai me dizer que tem sem provar muito bem provado, com certidão passada em cartório do céu, e assinada embaixo: Deus! e com firma reconhecida.


A vida não é de brincadeira, amigo.

A VIDA É A ARTE DO ENCONTRO
embora haja tanto desencontro pela vida...."