A gente sai de cena com as roupas rasgadas, bolsos vazios e a mente confusa, sem saber como fomos parar ali.
Mas e se pudéssemos jogar todos os livros fora e carregar conosco apenas a página do agora?
É tão comum a gente se apegar ao passado e viver numa réplica dele, na ilusão de que estamos andando pra frente… no entanto, se tivéssemos realmente sido felizes no processo, jamais teríamos mudado.
Então a gente muda.
Mas o problema é que a gente muda sentindo medo demais.
A gente navega perto da costa, esquecendo-se de que poderia ser bom perder o horizonte, seguir a vontade da corrente e atracar na próxima ilha.
Por mais que ela demore a surgir no infinito, ela é nova, e a gente chegou lá sem bússola.
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